Poço Azul na Chapada Diamantina, Bahia

O Poço Azul de Milú situado na região da Chapada Diamantina é um lugar encantador pela presença de cores que agradam aos olhos.

O Poço Azul de Milú, situado na região da Chapada Diamantina, no município de Nova Redenção – Bahia. O lugar é encantador pela presença de cores que agradam aos olhos. Os raios solares quando incidem na água provocam um fenômeno que causa admiração em qualquer visitante. O alaranjado das rochas com o azul da água formam uma paisagem subterrânea simplesmente fantástica. A caverna tem aproximadamente 70 metros de altura, sendo 40m submersos, onde a área de “banho” tem 35m de comprimento e 20 de largura. O poço foi descoberto em 1920 por garimpeiros, uma dos primeiros habit antes da região. Porém o local só se tornou turístico a partir de 1994. Mas não são apenas essas características que abraçam positivamente os visitantes. O lugar é protegido por órgãos de meio ambiente mas administrado por Israel Braga que mora e trabalha no local há muitos anos.   Como chegar? Mesmo sem GPS conseguimos chegar no Poço Azul que é bem afastado da cidade de Lençóis, mas dá pra ir de carro ou em van sem necessariamente precisar de um guia. No caminho de terra tem algumas bifurcações, mas passando pessoas por perto, perguntando, se chega lá. Segundo Israel, ele mesmo havia colocado placas de zinco na estrada indicando a chegada ao Poço, mas moradores e até próprios guias de turismo retiravam para impedir que turistas chegassem ao local e necessitassem do serviço deles de orientação (No vídeo também explicamos esse trajeto!). Onde comer e outras informações? No ponto onde fica o Poço, ou seja, no terreno da família do Israel, logo na entrada tem uma porteira onde o turista paga uma taxa de administração, na época (março de 2015) era R$ 20,00 por pessoa, incluindo o colete e a máscara para flutuação. Lá tem estacionamento, uma loja de artesanatos, banheiros com chuveiros (que servem para os turistas tomarem banho antes de entrar no poço para retirar restos de creme de corpo ou de cabelo, com fins de não comprometer a água), uma pastelaria e um restaurante que serve pratos típicos da região como mamão verde, omelete de mamão, godó de banana verde e o picado de palma. Os pratos podem ser estranhos, porém são bem saborosos. Bem vindos principalmente depois de descer ao Poço. Essa caverna inundada é produto do artigo publicado por Kaique Brito Silva, Elvis Pereira Barbosa e Jonatas Batista Mattos, em 2013 faz uma análise das contribuições do Poço Azul para o geoturismo e ciência de cavernas e define o lugar como sendo de “grande relevância para estudos paleoambientais e paleontológicos regionais.” Após receber o material de mergulho, o visitante segue para a entrada da caverna de 250 metros. A descida até o poço é bem íngreme em cerca de 15 metros e você passa por uma escada de madeira construída para favorecer essa exploração turística. A medida que se aproxima do fundo, a temperatura esfria. Na base de madeira acima da água, o visitante é orientado a não pular ou manter ações bruscas na água. É permitido apenas a flutuação. O Poço Azul Ao entrar, a água é bastante fria mas com o tempo você se acostuma e se admira com as paisagens subaquáticas impressionantes. A água do Poço Azul é tão cristalina, que é possível visualizar nitidamente as pedras que estão a seis metros de profundidade. A sensação é de que o visitante está em um penhasco e voando sobre as rochas. Até a água aflorar na superfície e encontrar o Rio Paraguaçú, ela percorre dois quilômetros por baixo da terra. Apesar dos pesquisadores ainda não terem descoberto a nascente do poço, eles sabem que toda a água se renova a cada quatro horas e meia, por isso, existe a permissão para o banho. É importante a presença do colete pois a composição da água faz com que o visitante se canse mais se tentar nadar sem esses equipamentos, por isso, sempre há alguém monitorando os grupos que estão na água. Não é permitida entrada de alimentos e muito menos objetos que possam ser deixados no local e agridam a caverna, como latas ou garrafas. Nós conversamos com Israel na reportagem abaixo e ele dá mais detalhes da história do poço e a explicação real do que provoca esse tom azulado na água.

 

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